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Câncer será considerado doença crônica

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Referência internacional no tratamento de sarcomas dos tecidos moles, o cirurgião Murray Brennan, vice-presidente de programas internacionais do Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, um dos maiores centros oncológicos dos Estados Unidos (NY), acredita que no futuro o câncer será uma doença crônica, como a hipertensão. O fato, é que hoje receber um diagnóstico de câncer assusta e pensar em conviver com ele também apavora, pois sugere tratamentos de longo prazo e pesados.

Vitor Araújo, diretor médico do Centro Oncológico de Niterói (CON), compactua das impressões otimistas de Brennan e explica que hoje o câncer já é considerado uma doença crônica, pois os tratamentos cada vez mais estão ajudando a prolongar com qualidade a vida dos pacientes, mas Araújo chama atenção para a declaração de Brennan.

“O que o cirurgião está falando é que em breve vamos encarar o câncer como uma doença crônica no sentido de que será possível conviver com ela por 10, 20 anos. Ainda não estamos nesse nível. Já Temos avanços. Há aproximadamente 20 anos, o câncer de pulmão matava em seis meses. Hoje, o paciente, em média, vive 18 meses. Para a oncologia é um ganho”, diz Araújo.

O médico explica que a tendência é que todos os cânceres sejam considerados crônicos salvo exceções. O câncer de pâncreas, por exemplo, é muito agressivo e boa parte dos pacientes convive por poucos meses com ele.

“Essa tendência do câncer ser considerado uma doença crônica tem a ver com a biologia dele. Nos menos agressivos, as melhorias dos tratamentos e das cirurgias terão mais sucesso. Já nos mais agressivos a resistência será maior naturalmente. O importante é que a incidência de mortes por conta do câncer vem caindo”, comenta Araújo.

Desafios

Em declaração à mídia brasileira, Brennan afirmou que o grande desafio na pesquisa do câncer será perceber mais pacientes com a doença. Segundo o pesquisador, as pessoas não estão morrendo por doenças infecciosas ou cardíacas, mas sim de velhice. Sendo assim, a incidência de câncer aumenta e anda em paralelo com a expectativa de vida.

A contrapartida é que a medicina irá curar mais pacientes do que hoje e mais pessoas viveram com o câncer. Nesse contexto, encarar o câncer como doença crônica é fundamental, para Brennan, pois a doença será controlada antes de ser curada, como é o caso da hipertensão e da Aids.

Esse é um dos motivos que o médico Vitor Araújo alerta sobre a importância dos hábitos saudáveis. “Apesar dos avanços da medicina e da tecnologia, a prevenção é fundamental. Ter uma vida saudável, realizar exercícios físicos, não fumar, controlar o uso da bebida alcoólica, estar atento à questão do peso e, quando necessário, realizar reposição hormonal com orientação médica são atitudes que ajudarão na qualidade de vida”, explica Araújo.

Ele ainda comenta que no caso Brasil, por exemplo, o índice de câncer de pulmão nas mulheres cresce, pois elas estão fumando mais.


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